Existem vários processos de impressão. A adoção de cada um vai depender de variados fatores, dentre eles, alguns como:
Dentre os processo de impressão, pode-se citar:
• Tipografia
A tipografia foi o primeiro e durante muito tempo, o principal sistema de impressão conhecido. Reinou durante cerca de 400 anos e foi a base de muitos outros processos de impressão.
Era um método de impressão direta, que se originara da xilogravura e que, no qual se utilizava tinta gordurosa ou pastosa. As chapas eram relevográficas, de material rígido.
O processo era bem simples. Em uma placa alinhavam-se os “tipos” e os grafismos que seriam impressos, previamente fabricados em material rígido. Molhava-se os mesmos com a tinta e, com uma prensa, papel e placa eram encostados, imprimindo-se assim, sobre a superfície, o material desejado.
Ao longo do tempo esse sistema foi evoluindo, passando a ser desenvolvido na posição vertical, de maneira semi-automática, ou mesmo automática. E chegou ao limite de 30 folhas por minuto.
Associada a esse tipo de impressão havia a função do tipógrafo, responsável por confeccionar as placas com todo os “tipos” e sinais gráficos a serem impressos. Por muito tempo, essa profissão foi admirada, mas hoje, já desapareceu e cedeu lugar aos processos mais modernos e digitais para confecção dos tipos.
Hoje, a tipografia não é mais um processo utilizado (a não ser de forma artesanal) e sua decadência se deu com o surgimento do offset. Foram suas limitações gráficas, em termos de qualidade e eficiência que fizeram esse processo ser deixado de lado.
No entanto, é importante conhece-lo, tanto pra compreender o processo de introdução de novas tecnologias e saber que este foi o método pioneiro que se permitiu chegar aos processos mais complexos e eficazes que se tem hoje em dia.
Como reconhecer esse tipo de impressão?
“Squash”* na borda das imagens possível de ser visto apenas com lente de aumento; discreto relevo no suporte de impressão.
*Squash- falha característica das matrizes relevográficas, com uma faixa mais escura, a falha e, após, a cor desejada
• Offset
É um dos métodos mais utilizados pelas gráficas, porque engloba alta qualidade e baixo custo relativo, tornando-se desse modo, um trabalho que se favorece do ganho na escala de produção. Quanto maiores forem as quantidades, menores vão se tornando os custos, sendo vantajosa, apenas, para um grande volume de material impresso.
Por ser um processo de impressão indireto (aquele em que a tinta não é passada diretamente para a superfície a ser impressa), necessita da confecção de fotolito e chapas de impressão.
Permite o uso de várias cores, com retículas uniformes ou variáveis, sem perder qualidade e chegam a imprimir uma escala grande de cores, até cores especiais (Pantone).
As impressoras offset, podem ser rotativas ou planas. As rotativas são, comumente, utilizadas para grandes tiragens e as planas para pequenas e médias tiragens.
Já existem impressoras offset digitais, impressoras que não precisam de fotolitos e que podem imprimir em diversas cores. No entanto, qualidade e resolução ainda são características comumente creditadas às offsets tradicionais.
As impressoras offset tem capacidade de impressão de até 500 mil exemplares.
Como reconhecer esse tipo de impressão?
Bordas das imagens bem definidas e áreas de preenchimento com as cores bem definidas e uniformes.
• Rotogravura
A Rotogravura é um processo de impressão direta, em baixo relevo. Ao contrário da flexografia que é em alto e funciona como um carimbo, a rotogravura possui micro-cilindros perfurados que transferem a tinta para o substrato através de pressão.
É um processo caro, visto que a confecção dos micro-cilindros tem custo elevado, portanto, só se torna rentável para grandes tiragens.
Mesmo com alto valor de produção, esse processo ainda é muito utilizado, principalmente pelas grandes gráficas, que atendem a grandes clientes, os quais precisam de mais urgência para confecção dos impressos.
O sistema de rotogravura tem por maior característica a velocidade extremamente rápida para rodar o material e a possibilidade de alcance de até 10 milhões de impressões, contra 1 milhão da flexografia e 500 mil das offsets.
Uma impressora rotográfica imprime todas as cores em uma única passagem, dinamizando-se em fazer frente e verso e, ainda com possibilidades de acabamento na saída. É a impressão utilizada pelos jornais e revistas de grande circulação nacional.
Como reconhecer esse tipo de impressão?
Serrilhado nas bordas das áreas de impressão cheia (partes chapadas) e recomposição parcial dos meios tons das outras imagens, nas áreas de cores intermediárias.
• Flexografia
É um método de impressão indireta, em alto relevo, que utiliza matrizes de borrachas (fotopolímero). Funciona como uma espécie de carimbo, em que, tudo o que vai ser impresso fica em alto relevo. As matrizes são confeccionadas a partir de arquivos digitais a laser ou por meio de fotolitos.
A maior característica desse processo é a possibilidade de se imprimir sobre vários tipos de materiais, além do papel, superfícies de diferentes tipos de dureza e não absorventes (plásticos, tecidos, papelão, etc).
A secagem é rápida, podendo ser à base de água, UV ou solvente.
Pode ser dividida em impressão em banda larga (embalagens) ou em impressão em banda estreita (etiquetas e rótulos).
Apesar de ter acumulado durante algum tempo severas críticas quanto a qualidade de impressão, esse processo contou com avanços tecnológicos que o elevaram aos patamares de qualidade da rotogravura e do offset.
Como reconhecer esse tipo de impressão?
“Squash”* forte, visível, no geral, sem a necessidade de lente de aumento, e eventuais manchas irregulares nas áreas de preenchimento das imagens (partes chapadas).
*Squash- falha característica das matrizes relevográficas, com uma faixa mais escura, a falha e, após, a cor desejada.
• Serigrafia
Serigrafia é um método de impressão direta, que tem como matriz, fôrma, uma tela de tecido, metal, plástico - ou material que se aplique, que seja permeável nas áreas que serão impressas. É uma espécie de peneira, que permite a passagem da tinta apenas nas áreas de grafismo (desenho).
A confecção da tela é feita através de fotossensibilidade. A tela recebe um tratamento com uma emulsão que é responsável por impermeabilizar as tramas e fios do tecido. Após isto, um fotolito é impresso com a imagem a ser gravada, depois é colocado sobre a tela e levado a uma câmara para que a tela seja sensibilizada. Toda a área negra do fotolito, que corresponde à imagem a ser gravada, gera uma área permeável, pela qual a tinta penetrará.
Logo após, a tinta é espalhada por toda a área vazada da tela com o auxílio de um rodo, ou lâmina de borracha, para que passe pela tela uniformemente e penetre na superfície a ser impressa. Depois é só retirar a tela com cuidado e lá estará a impressão.
É um processo que requer prazos maiores, devido a secagem do material impresso e confecção das telas. É na maioria das vezes pouco otimizado, sendo manual em boa parte das gráficas.
É comumente usado para impressão em tecido, como camisas, uniformes; plásticos ou material utilizado em faixas e banners e, também sobre superfícies mais irregulares, como vidro, madeira ou metal.
Como reconhecer esse tipo de impressão?
Camada de tinta sensível ao tato, com serrilhado nas bordas da imagem . Muitas vezes, sobreposição das extremidades das partes coloridas da imagem.
• Tampografia
Tampografia é um processo de impressão indireta em baixo relevo. Baseia-se na transferência de tinta da matriz impressora para a superfície através de um tampão (geralmente de silicone e semelhante a uma almofada). É do tampão que deriva o nome do processo de impressão.
Vista como um processo para decoração anteriormente, hoje, é um método muito utilizado para impressão de superfícies curvas, irregulares ou não, cilíndricas, côncavas e convexas. Pode ser usada em muitos tipos de material como: couro, metal, plástico, vidro, cerâmica, madeira, porcelana, etc.
É um tipo de arte especializada em pequenos substratos, mas que, devido ao avanço tecnológico, cada vez mais admite substratos com áreas de impressão maiores.
É o tipo de impressão utilizada nas escalas dos diversos termômetros, instrumentos de medição, eletrônicos (como celulares), brinquedos, embalagens, brindes, bolas de golfes, isqueiros, etc.
A Tampografia é muito versátil e permite a impressão com alto grau de definição e qualidade, com linhas muito finas de grafismos complexos que exigem alta precisão.
Cada tampão pode imprimir tiragens grandes, atingindo uma alta produção em pouco tempo por ser um processo contínuo. Tem índice baixíssimo de rejeição das peças.
Algumas das impressoras tampográficas podem imprimir em variadas cores e podem ter dois tipos de funcionamento do tinteiro: aberto ou fechado.
No funcionamento do tinteiro aberto, a tinta é empurrada para dentro do tampão de silicone, (para a parte em baixo relevo que corresponde a arte a ser impressa) com uma espátula. Essa mesma espátula, quando volta, retira os excessos das extremidades, evitando, possíveis borrões. O tampão é pressionado na superfície e assim é obtida a peça gráfica.
No funcionamento do tinteiro fechado ou selado, o processo é idêntico. Difere apenas quanto à espátula, que neste segundo, é substituída por um reservatório, cilíndrico (como um copo), geralmente de cerâmica, que tem a função de armazenar a tinta e fazer a raspagem do excesso de tinta através de bordas.
Como reconhecer esse tipo de impressão?
O próprio suporte, geralmente tridimensional, côncavo, ou convexo é a prova desse tipo de impressão.
• Impressão digital
No campo gráfico, impressão digital diz respeito ao processo de impressão em cujo suporte é gerada uma imagem a partir da introdução de dados digitais direto do computador para a impressora.
É um sistema que não requisita uma matriz, nem fotolitos ou chapas para imprimir as peças gráficas, como nos outros. Utiliza tinta para gerar os grafismos e é um sistema de impressão direta.
O processo de alimentação dessas máquinas se dá por disposição de folhas ou bobinas. Este último modo, confere velocidade ao processo, conferindo rapidez no prazo de entrega.
Uma das vantagens desse tipo de impressão é a possibilidade de produção das peças de acordo com a demanda. É possível se imprimir quantidades diversas e, se for necessário, caso surja alguma eventual demanda, imprimir novamente a mesma peça em um momento posterior.
Muitas vezes existe certa desvantagem nesse processo como, qualidade de impressão inferior tendo em vista os processos tradicionais e, instabilidade de gerenciamento das cores, uma vez que se alteram com facilidade.
No entanto, com a introdução de novas e modernas tecnologias, esse processo tem se difundido muito e, os problemas mais graves que enfrenta, como os citados acima, estão sendo corrigidos e até eliminados.
O desafio para este tipo de processo, agora, é a redução dos custos para a popularização de seu uso. Algumas gráficas, inclusive, utilizam processos mesclados (parte off-set tradicional, parte digital) para baratear o processo e alcançar uma ótima qualidade de impressão.
Como reconhecer esse tipo de impressão?
É um pouco complicado distinguir esse tipo de impressão, tendo em vista o avanço tecnológico a qualidade que vem atingindo. Mas, no geral, é possível reconhecê-lo eliminando os outros processos.
Quadro Síntese dos Sistemas de Impressão |
|||
Sistema |
Matriz |
Tiragem |
Direta ou Indireta |
Tipografia |
Relevográfíca Rígida |
Baixa ou Média |
Direta |
Offset |
Planográfica |
Alta, Média ou Baixa |
Indireta |
Rotogravura |
Envcavográfica Cilíndrica |
Alta |
Direta |
Flexografia |
Relevográfíca Flexível |
Alta, Média ou Baixa |
Indireta |
Serigrafia |
Permeográfica |
Alta, Média ou Baixa |
Direta |
Tampografia |
Relevográfica Flexível |
Alta ou média |
Indireta |
Digitais ou Eletrônicas |
Não-física (pulsos eletrônicos) |
Baixa ou Média |
Indireta |